Good luck Azar!

Dando sorte pro azar... Acho que é a previsão diária do meu signo zodiacal.

Se é que tenho sorte, ela está no fato de que meu

horóscopo é que nem bolão de futebol, e os respectivos times em campo, o jogo só termina quando acaba e sempre sai um gol aos 45 do 2º tempo.

Mas se isso é sorte ou azar, bom, depende: num dia sou atacante, no outro o desgramento do goleiro.

Há anos sonhava conhecer Olinda! Ó Linda! Fonte de inspiração junto com Goiás Velho. Em conjunto me deram a paixão por patrimônio histórico - ou velharia, no dizer de alguns. Pra mim paixão resume tudo, e sou correspondida.

Numa rápida ida à Recife, dediquei um dia à Porto de Galinhas e outro à Olinda. Talvez devesse ter ido primeiro à Olinda... Mas no dia da visita tão especial àquele mundo histórico, pilhas carregadas, máquina fotográfica à mão, mochila nas costas, pegar o buzão...

Entre o Capiberibe e o Beberibe, algumas letras caíram, a ansiedade não!

Desci do ônibus e, de cara, a primeira foto:

E foi a última, minha máquina parou de funcionar... Mas, talvez, tenha aprendido a nadar...

Já entendi que a felicidade não é um destino, mas uma estrada. Cheshire Cat disse que não importa onde leva a estrada, o importante é onde se quer chegar. E um dia ainda vou aprender que lar é onde se está, independente de onde esteja sua casa.

Mas, por enquanto, sinto saudade dos jardins e quintais...

Imagens:

1ª O lar onde cresci (Serra Azul, Barra do Garças/MT)

2ª O lar onde vivi (Imbé/RS)

3ª O lar que vejo daqui (Capão do Leão/RS)

Jardins e Quintais

Oswaldo Montenegro

Abre minha guarda no espanto
Com o susto que seja
Que nem vento no palmeiral
Pra que eu desperte do sonho
Que traz as lembranças da terra natal toda vez
Pra que eu despenque dos cantos
Qual mais um azulejo colonial português
Vem, arrebenta o acalanto
Que guarda minha noite
E protege os jardins e quintais
Salta do fundo do escuro
Por cima dos muros, telhados, mirantes, portais
Rasga e arregala a cancela, escancara a janela
E guarda esse sonho pras noites de paz...

De fundo, profundo...

Hoje aprendi uma lição boba: ninguém foi feito pra viver sozinho. A sociedade não se formou ao acaso, e não é à toa que uma andorinha só não faz verão.

Não importa se é amigo, colega, conhecido distante, o importante é ter com quem contar, é saber que não se está só, mas é também ter a consciência do dever de estender a mão. Se você faz isso quando se sente obrigado, vale! Mas se você faz isso porque acha que é o correto à fazer, vale mais ainda.

É muito bom saber que tenho com quem contar, mas é ainda melhor descobrir que tenho mais por mim do que havia imaginado.

E quando achei que eram dois, tive um mundo inteiro...

Imagem: Margens de uma das cachoeiras do parque Estadual da Serra Azul - Barra do Garças/MT - tirada na mesma ocasião da imagem de fundo deste blog.